De uma das autoras mais premiadas da literatura alemã contemporânea, eis um romance polifónico, lírico e fascinante sobre dois terramotos que abalaram a região italiana de Friuli e as histórias de quem os viveu.
Vencedor do Prémio Literário W.G.-Sebald
Em maio e em setembro de 1976, dois violentos tremores de terra abalaram o nordeste de Itália causando grande devastação. Cerca de mil pessoas perderam a vida sob os escombros e dezenas de milhares ficaram sem teto. Muitas outras abandonaram para sempre a sua terra natal, a região de Friuli. A força da catástrofe pode ainda hoje ser medida pela enorme deslocação de materiais e a formação de novos terrenos. Contudo, encontrar as palavras adequadas para descrever o trauma humano, a experiência de uma existência que de súbito se desintegra, é tarefa mais difícil.
Em Rombo, distinguido ainda antes da sua publicação com o Prémio Literário W.-G. Sebald, sete mulheres e homens, ainda crianças à época dos acontecimentos, relatam o desastre e as suas consequências. Falam de presságios que precederam os terramotos e da desordem total que se lhes seguiu, da destruição de tudo o que era familiar. Esther Kinsky alterna as suas recordações à descrição da paisagem alpina, criando assim uma narrativa fascinante e quase poética sobre a experiência do medo e da perda, cruzando a memória individual e coletiva com a história natural.
Os elogios da crítica:
«Esther Kinsky criou uma obra literária de uma impressionante genialidade estilística, diversidade temática e obstinada originalidade.»
Júri do Prémio Kleist 2022
«No romance de Kinsky, a terra fala…»
Financial Times
«A literatura alemã encontrou em Esther Kinsky um autor cujos livros estão repletos de inteligência poética.»
Neue Zürcher Zeitung
«Um relato polifónico de linguagem e de paisagem.»
Los Angeles Review of Books
«Uma exploração lírica e acurada da alquimia da memória.»
Kirkus Reviews
«Kinsky é uma ourives da linguagem.»
Etudes
«Rombo é [um livro] espantoso. Há algo de épico nele... É sobre a forma como tornamos os lugares habitáveis - casas, memórias, o passado - e seguimos em frente.»
Review 31
«No novo romance de Esther Kinsky, a linguagem torna-se a mais elevada forma de compaixão e solidariedade - não só em relação a nós, seres humanos, mas também em relação ao mundo no seu todo, orgânico, inorgânico, que se pronuncia através de muitas bocas e vozes vivas. Um livro que é um milagre.»
Maria Stepánova