Figura de proa da literatura brasileira, Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (16.12.1865 – 28.12.1918), foi jornalista, escritor e membro fundador da Academia Brasileira de Letras.
Em 1883, publicou as suas primeiras poesias na Gazeta Académica. Nesse mesmo ano, conheceu o poeta Alberto de Oliveira e a sua irmã, Amélia de Oliveira, por quem se apaixonou, mas foi impedido de casar, pois a família não aceitava a vida boémia do poeta.
Colaborou depois com vários jornais e revistas como a Gazeta de Notícias, a Semana e o Diário de Notícias, tornando-se amigo de Machado de Assis, Coelho Neto, Raúl Pompeia, Raimundo Correia, Aluízio Azevedo, para além do citado Alberto de Oliveira, com quem partilhou a glória do parnasianismo, escola literária essencialmente poética, contemporânea do realismo-naturalismo.
Olavo Bilac teve participação igualmente intensa na política. Republicano e nacionalista, escreveu a letra do hino «Hino à Bandeira». Durante a revolta da Armada, em 1893, foi perseguido pelo governo do marechal Floriano Peixoto.
Eleito o primeiro «Príncipe dos Poetas Brasileiros», editou em 1902 este conjunto de 14 poemas independentes (quase sempre sonetos) intitulado «Viagens», dedicado às grandes viagens do Homem, incluindo o célebre poema «Sagres», publicado por ocasião do quarto centenário do descobrimento da Índia, em 1898.
«As Viagens» integra a colecção Clássicos da Literatura Brasileira, da editora Atlântico Press, uma publishing company, no mercado editorial desde 1992.
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