Este livro é uma exploração extraordinária da obra mais importante de Heidegger feita por dois renomados filósofos: Simon Critchley e Reiner Schürmann. Critchley argumenta que devemos ver Ser e Tempo como uma radicalização da fenomenologia de Husserl, principalmente de suas teorias da intencionalidade, intuição categorial e do conceito fenomenológico de a priori. O que leva a uma reavaliação e defesa da concepção heideggeriana de fenomenologia. Schürmann, em contrapartida, nos convoca a ler Heidegger "retrospectivamente", argumentando que sua obra tardia é a chave para desvelar Ser e Tempo. Através de uma leitura pormenorizada de Ser e Tempo, Schürmann demonstra que essa obra é aporética porque a noção de ser elaborada em sua obra tardia já está em jogo ali. É a primeira vez que as famosas aulas de Schürman sobre Heidegger são publicadas. O livro é concluído com a reinterpretação de Critchley sobre a importância da autenticidade em Ser e Tempo. Argumentando a favor do que ele chama de "inautenticidade originária", Critchley propõe uma compreensão relacional dos conceitos-chave da segunda seção de Ser e Tempo: morte, consciência e temporalidade. (Esta obra é o 15° volume da Coleção Sapere Aude).